9/11/2016

Governo Dino: Ideb revela que rede estadual de ensino no Maranhão tem nota inferior à meta de 2015

AQUILES EMIR
Ao que parece, tirar nomes dos generais que presidiram o Brasil no regime militar e de pessoas vivas dos estabelecimentos de ensino e a realização de eleição direta para diretores não resultaram em melhorias para o ensino no Maranhão, pois o estado não conseguiu atingir as metas do Índice de Desenvolvimento da Educação (Ideb) traçadas para 2015, principalmente no que se refere às escolas da rede estadual. Os números foram divulgados nesta quinta-feira (08) pelo Ministério da Educação.
O Maranhão, de acordo com o levantamento, só conseguiu superar a meta no nível de 4ª série ao 5º ano (ensino fundamental), quando são avaliadas todas as escolas (privadas, estaduais, federais e municipais), pois ficou com nota 4,6 para uma meta de 4,2, mas no nível da 8ª série ao 9º ano, a nota foi de 3,8 para uma meta de 4,2, e no nível de 3ª série/Ensino Médio, a nota foi de 3,3 para uma meta de 3,6.
No que diz respeito às escolas da rede estadual, o desempenho é frustrante, pois no nível de 4ª série ao 5º ano, a nota alcançada foi de 4,3, enquanto a meta era de 4,6; no nível de 8ª série ao 9º ano, para uma meta de 4,4, as escolas estaduais tiraram nota 3,8; e no nível de 3ª série/Ensino Médio, a rede estadual de ensino ficou com nota 3,1 para uma meta de 3,3.
O ensino privado também foi reprovado em todos os níveis: de 4ª série ao 5º ano, nota 6,1 para meta de 6,2; da 8ª série ao 9º ano, nota 5,5 para uma meta de 6,3; e 3ª série/Ensino Médio, nota 4,7 para uma meta de 5,5.
O Ideb é um indicador de qualidade dos ensinos fundamental e médio. O índice avalia a qualidade do ensino no país, com base em dados sobre aprovação e desempenho escolar obtidos por meio de avaliações do MEC. Desde a criação do indicador, foram estabelecidas metas que devem ser atingidas a cada dois anos por escolas, prefeituras e governos estaduais.
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Avaliação - De acordo com o MEC, a meta do Ideb para 2015 foi cumprida apenas nos anos iniciais do ensino fundamental, etapa que vai do 1º ao 5º ano do ensino fundamental. O ensino médio tem a situação mais crítica, com o índice estagnado desde 2011. Nos anos iniciais do ensino fundamental, a meta é cumprida desde 2005, quando o índice começou a ser calculado. Para 2015, a meta estipulada é de 5,2. A etapa alcançou 5,5. Nos anos finais do ensino fundamental, do 6º ao 9º ano, a meta foi descumprida pela primeira vez em 2013. Em 2015, o índice esperado de 4,7 também não foi alcançado. A etapa registrou um Ideb de 4,5.
No ensino médio, a meta não apenas não é alcançada desde 2013, como está estagnada em 3,7 desde 2011. A meta estabelecida para 2015 é de 4,3. "O Brasil está mal e vai se distanciando das metas fixadas pelo segundo Ideb consecutivo, lamentavelmente", disse o ministro da Educação, Mendonça Filho.
Em relação ao cenário brasileiro de toda a educação básica, o ministro afirmou que não se trata de um quadro que se possa celebrar. "As metas fixadas para o ensino fundamental e médio não são metas que possam ser caracterizadas como ousadas ou excesso. Todos sabem que o Brasil está distante de educação de qualidade".
Nos estados - Nos anos iniciais do ensino fundamental, apenas três estados não cumpriram em 2015 as metas previstas para as unidades federativas: Amapá, Rio de Janeiro e Distrito Federal. Nos anos finais, apenas cinco estados cumpriras as suas metas: Pernambuco, Amazonas, Mato Grosso, Ceará e Goiás.
Já no ensino médio, Amazonas e Pernambuco cumpriram a meta para a etapa consideradas as escolas públicas e privadas. Considerando apenas as escolas públicas, além dos dois estados, Goiás e Piauí atingiram suas metas.
Ensino médio - Mendonça Filho destaca a etapa como uma das mais críticas da educação básica. Ele destacou que a reforma do período é uma das prioridades do governo. Segundo o ministro, caso o projeto de lei 6480/2013, que está em tramitação no Congresso Nacional não seja vota ainda este ano, ele solicitará ao presidente Michel Temer, a edição de uma Medida Provisória que faça mudanças na etapa a fim de torná-la mais atraente para os jovens, incluindo a maior aproximação com o ensino técnico e a flexibilização do currículo.

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