8/02/2012

"Galera da fumaça"!!! Brasil tem 1,5 milhão de usuário de maconha, revela estudo

No Brasil, 1,5 milhão de pessoas usam maconha diariamente. A estatística faz parte do Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad) realizado por pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Ainda de acordo com o mesmo estudo, 3 milhões de adultos, com idade entre 18 e 59 anos, fumaram maconha no último ano e cerca de 8 milhões de adultos (7% dessa parcela da população) já experimentaram maconha alguma vez. O primeiro contato dessas pessoas com o entorpecente acontece, na maioria das vezes, antes dos 18 anos. É o que declararam 62% dos entrevistados. 

O estudante Pedro Victor Gonçalves, 24 anos, tem exatamente esse perfil. O jovem fumou maconha pela primeira vez aos 13 anos. "Alguns amigos mais velhos usavam e eu acabei experimentando", conta. Entretanto, somente aos 19 anos que passou a consumir com frequência.

O universitário diz que o rótulo de "maconheiro" não o incomoda. Os pais sabem que ele é usuário. "Claro que no início eles não aceitaram bem; sempre é assim. Mas hoje é tranquilo, eles são mente aberta e informados sobre o assunto", afirma. 

Pedro é militante da causa pró-liberação da venda da maconha no Brasil. Junto com amigos, organizou a primeira Marcha da Maconha do Piauí, realizada no dia 02 de junho deste ano. A pesquisa da Unifesp também abordou o tema da liberação. A estatística mostra que Pedro e os amigos são minoria no país: 75% dos entrevistados se disseram contrários à proposta. Outros 11% apoiam a causa, 9% não souberam responder e 5% não responderam. 

A pesquisa

Essa é a segunda pesquisa da Unifesp sobre o tema - a primeira foi em 2006 -, mas é a primeira vez que se tem uma amostragem representativa da população brasileira sobre uso e dependência de drogas e sobre a questão da legalização.

De janeiro a março, a pesquisa ouviu 4.607 pessoas, com idade mínima de 14 anos, em 149 municípios de todos os estados do país. Como é uma representação do país, a cidade de São Paulo, por exemplo, teve mais participantes. Cem entrevistadores visitaram as casas das pessoas, que viviam em locais que iam desde favelas até condomínios fechados. 

Foi entregue aos voluntários um questionário com 800 perguntas, que respondiam e entregavam o documento lacrado, mantendo o anonimato e uma maior confiabilidade das respostas.

A pesquisa custou mais de R$ 1 milhão e foi financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). A metodologia ficou por conta do instituto Ipsos.

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