Uma vaga de emprego de R$ 35 mil, mas nenhum interessado. Em Açailândia, no interior do Maranhão,
a procura por um ortopedista durou um mês. Mesmo com o alto salário,
houve dificuldade pra encontrar candidatos. Foi preciso colocar anúncio
até em jornais de outros estados para preencher a vaga.
Os hospitais do interior do Nordeste
estão pedindo socorro de tudo o que é jeito pra encontrar médicos
dispostos a deixar os grandes centros e enfrentar a rotina das pequenas
cidades, que muitas vezes não têm estrutura de trabalho e oferecem pouca
qualidade de vida. Até os supersalários deixam de ser atraentes.
Em
estados como Amapá, Amazonas e Roraima, há menos de um médico para cada
8 mil habitantes, segundo o Conselho Federal de Medicina. No Piauí, o
prefeito de Corrente, a 900 km de Teresina , apelou às redes sociais
para conseguir um médico que queira ganhar R$ 8.500 por mês e trabalhar
três dias na semana.No último concurso para médicos em Imperatriz,
a 600 km de São Luís, o salário era de R$ 4.200, para 30 horas
semanais. Não houve nem sequer candidatos para algumas especialidades.
No estado, há menos de um médico para cada mil habitantes, índice
comparável ao de países africanos.
Uma pesquisa
divulgada nesta segunda (18) pelo Conselho Federal de Medicina (CFM)
aponta que o número de médicos para cada grupo de mil habitantes na
região Sudeste é mais que o dobro do Norte. Segundo o estudo Demografia
Médica, os estados do Sudeste têm 2,7 médicos por mil habitantes,
enquanto no Norte o número de profissionais baixa para 1,01.
A média
nacional é de 2 médicos para cada grupo de mil habitantes, de acordo com
o levantamento. No Nordeste, o número de médicos por mil habitantes é
de 1,23, também abaixo da média nacional. O índice é maior nas demais
regiões, chegando a 2,05 no Centro-Oeste e 2,09 no Sul.
G1/ Maranhã
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